História - A identidade do homem americano

A identidade de um povo tem sido preocupação de diversas sociedades. No caso da América Latina, essa preocupação data do século XIX. Em 1819, Simón Bolívar*, herói da libertação latino-americana afirmou: "Não somos europeus, não somos índios, mas sim uma espécie intermédia entre os aborígenes e os espanhóis [...] Mantenhamos presente que o nosso povo não é nem europeu, nem africano do norte, é antes uma composição de África e América do que uma emanação da Europa... é impossível determinar com propriedade a que família humana pertencemos"

*Símon Bolívar (1783-1830): Conhecido como "O Libertador", o venezuelano Bolívar lutou pela autonomia das regiões latino-americanas sob domínio espanhol. Suas campanhas resultaram na libertação da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Partidário da unificação política latino-americana, Bolívar proclamou em 1819 a federação da Grande Colômbia, integrada pelas atuais repúblicas da Venezuela, Colômbia Panamá e Equador, que se fragmentou anos depois.

A questão estabelecida por Simón Bolívar continua a ter ressonância em diversos campos da ciência. É o que tem demonstrado pesquisas feitas por arqueólogos, paleontólogos, antropólogos, bioantropólogos, paleobiólogos, historiadores e outros, em toda a América Latina.


Comos os homens chegou à América?
Quais são os vestígios mais antigos da região?
A busca por nossa identidade não pode ser vista de maneira alguma como uma ponte ao nacionalismo exaverbado mas, sim, como um caminho importante para a compreensão de uma sociedade multirracial.


A origem do homem americano
Pesquisas indicam que o continente americano começou a ser povoado entre 20 mil e 35 mil anos atrás, embora alguns pesquisadores proponham 50 mil anos.
Qual a origem dessas populações?
Uma hipótese tradicional estabelece que o homem americano é autóctone, isto é, surgiu no próprio continente. O autoctonismo vem sendo negado pelos especialistas, até porque não se encontrou na América nenhum fóssil anterior ao Homo sapiens sapiens.
Outra hipótese tradicional parte do princípio que os grupos humanos de características mongolóides ou pré-mongolóides, oriundos da Mongólia e da Sibéria (Ásia), penetraram no continente américano pelo estreito de Bering há cerca de 12 mil anos. Na ocasião, este se encontrava emerso, formando uma gigantesca ponte de gelo e rocha, devido à diminuição do nível das águas do mar produzida pela última glaciação, que terminou 10 mil anos atrás. Em sua maioria, os defensores dessa hipótese sustentam que o sítio arqueológica de Clóvis, situado no Novo México (Estados Unidos), com 11.500 anos, é o mais antigo continente, negando evidências recentes que questionam essa afirmativa.
Uma terceira hipótese estabelece que o homem chegou à América em migrações esporádicas, navagand pelo Pacífico, vindo da Ásia, Polinésia ou Oceania. O movimento migratório por via marítima explicaria a existência de certas características australóides e melanóides entre os ameríndios. Além disso, ele poderia ter ocorrido antes da chegada dos grupos que atravessaram o estreito de Bering.


Entre 1835 e 1845, pesquisando em grutas do município mineiro de Lagoa Santa, o naturalista dinamarquês Peter Lund descobriu os primeiros fósseis humanos no Brasil. Os esqueletos descobertos por Lund foram datados em cerca de 2 mil anos e ficaram conhecidos como fósseis do Homem de Lagoa Santa.

Em 1975, na mesma região, foram desenterrados o crânio e outros ossos de uma mulher que recebeu o nome de Luzia. Trata-se do mais antigo fóssil humano do continente, com 11.500 anos. Além disso, as características de seu crânio colocaram em xeque as teorias tradicionais sobre a presença do homem na América.

Outros sítios arqueológicos, de enorme riqueza, estão situados no Parque Nacional da Serra da Capivara, criado em 1979 e tombado em 1991 pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade. O parque fica no Piauí, no município de São Raimundo Nonato.

Pesquisas dirigidas pelos arqueólogos Niede Guidon e Fábio Parente revelaram a existência na região de mais de 250 sítios arqueológicos, com um acervo que inclui 30 mil pinturas rupestres. As figuras - signos, objetos, animais e pessoas - estão bem conservadas, graças à aridez do clima e à dificuldade de acesso ao local. Segundo a arqueóloga Niede Guidon, as pinturas foram datadas em pelo menos 20 mil anos, e os restos de fogueiras encontrados nos sítios, em mais de 32.500 anos. Se essas estimativas forem confirmadas, o quadro geral de povoamento das Américas dará um grande salto no tempo.

A pré-história americana

O período Paleolítico

Na periodização da Pré-história americana, identifica-se, primeiramente, o chamado Paleolítico inferior. Os artefatos desse período são muitos toscos: pedras talhadas com uma ou duas faces e uma espécie de raspadeira. Também foram encontrados utensílios de ossos associados a mastodontes, mamutes, camelídeos e bisões.

No período Paleolítico superior, entre 17 mil e 16 mil anos atrás, aparecem pontas de flecha de duas faces e facas de pedra. Os instrumentos líticos começam a ser fabricados em tamanho menor e com técnica mais aperfeiçoada, do lascamento por pressão.

Entre 10000 e 9000 a.C., os artefatos apresentam uma forma lanceolada com uma estria central em uma ou nas duas faces. No mesmo período destacam-se artefatos com uma base côncava e estria central dos dois lados. Essas pontas aparecem associadas na América do Norte com a caça do bisão e, no resto do continente, com a perseguição de outros animais.

Entre 8000 e 6000 a.C, os artefatos evoluíram para formas triangulares e posteriormente para pontas com pendúnculo - base onde era presa a haste da flecha - que se mantiveram em muitos lugares até a chegada dos europeus. Não obstante, por isolamento ou por adaptação ao meio, vários povos mantiveram-se no mesmo estágio cultural. Foi o caso de alguns grupos indígenas do planalto brasileiro ou das selvas amazônicas, cujas armas eram fabricadas com bambu, espinhos ou madeira.

De um extremo a outro do continente, os grupos procuraram se adaptar às consições ambientais. Os foeguinos da Terra do Fogo e da Patagônia e os esquimós das áreas setentrionais desenvolveram formas de vida baseadas na pesca e na caça. Outros povos, encontrados em diversas zonas litorâneas, viviam da coleta de moluscos, como atestam os depósitos de conchas (sambaquis) encontrados.

Finalmente, cabe destacar uma cultura original, desenvolvida no Arizona e no Novo México (Estados Unidos). Foi a cultura Cochise, fundamentada na caça e na coleta.

Yearbook

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Profissão - Arqueólogo!

A arqueologia, que sempre foi entendida como a ciência que estuda os restos materiais dos povos do passado, vem, nos últimos anos, conhecendo grandes modificações e resignificações, ganhando novos métodos e objetos de estudo.

O trabalho de um arqueólogo
Arqueologia (do grego arkjáios, "velho" ou "antigo" e logos, "ciência"), literalmente estudo das antigas culturas da humanidade. A maioria dos arqueólogos do passado, limitaram a origem de sua disciplina ao estudo de antigüidades e definiram a arqueologia como o "estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida" outros arqueólogos enfatizaram os aspectos comportamentais e a definiram como "a reconstrução da vida dos povos antigos". Em alguns países, especialmente nos Estados Unidos, tem sido considerada como uma subdisciplina da antropologia. Enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia se dedica ao estudo das manifestações materiais das ditas culturas. Deste modo, se as antigas gerações de arqueólogos estudavam um velho utensílio de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a datar a cultura da qual era o objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um certo valor estético, os antropólogos concebiam o mesmo objeto como um intrumento que serviria para compreender o pensamento, os valores e a cultura de quem o fabricou.
A investigação arqueológica é vinculada, fundamentalmente, à idade da Pedra e à Antiguidade; no entanto, durante as últimas décadas a metodologia arqueológica vem sendo aplicada a etapas mais recentes, como a Idade Média ou o peróodo industrial iniciado em fins do século XVII e princípios do XIX. Na atualidade, os arqueólogos dedicam sua atenção a materiais recentes e investigam os resíduos e os depósitos urbanos, originando a denominada arqueologia industrial.
A moderna arqueologia se inter-relaciona com outras disciplinas científicas; assim, os arqueólogos, para estabelecer a cronologia, costumam utilizar métodos de datação desenvolvidos por outras ciências: o sistema do carbono 14 (radiocarbono), pelos físicos nucleares; as técnicas de datação geológica, pelos geógrafos; as técnicas de estudo dos restos da fauna, pelos peleontólogos. Além disso, para reconstruir antigas formas de vida, os arqueólogos se valem de procedimentos próprios da sociologia, demografia, geografia, economia e ciências políticas.

Enciclopédia Microsoft Encarta . 1993-2001 Microsoft Corporation

Química - Propriedades gerais da matéria

Estados Físicos da Matéria
A materia pode ser encontrada em três estados físicos:

Sólido
- as partículas encontram-se muito agregadas umas às outras
- apresentam forma fixa (excepto os pulverizados)

- apresentam volume fixo


ex.: gelo
http://cineminha.uol.com.br/AdvHTML_Upload/fotos/era_do_gelo_2_1.jpg


Líquido:
- as partículas encontram-se menos agregadas umas às outras
- as partículas têm mais liberdade de movimento
- apresentam a forma do recipiente onde são colocados

- volume praticamente fixo



ex.:água potável
http://www.brasilescola.com/upload/e/agua%20potavel(2).jpg

Gasoso:
- as partículas encontram-se muito afastadas umas das outras
- têm a forma do recipiente que as contém

- são compressíveis, ou seja, podem ser comprimidos a volumes

- mais pequenos através da aplicação de pressão



ex.: água vaporizada
Água no estado gasoso - vapor de água


Relações da Mudança de Estado:
http://www.fisicafacil.pro.br/MudA.jpg

Sólido para o liquido = Fusão

Liquido para o gasoso = Vaporização

Gasoso para o liquido = Condensação

Liquido para o sólido = Solidificação

Sólido para o gasoso ou vice-versa = Sublimação


Ponto de fusão e ponto de ebulição
A temperatura constante na qual um sólido se transforma em líquido é denominada ponto de fusão (PF);
A temperatura constante na qual um líquido se transforma em vapor recebe o nome de ponto de ebulição (PE).

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*a fusão e a solidificação acontecem à mesma temperatura.
*a ebulição (vaporização) e a condensação acontecem à mesma temperatura.


Densidade:
denomina-se DENSIDADE de uma espécie de matéria o quociente entre sua massa e o volume por ela ocupado.

D = m
V
onde: d = densidade, em g/cm³
m = massa, em gramas
V = volume, em cm³



Densidade de alguns compostos:
Água .......................................0,997 g/cm3
Álcool etílico...........................0,789 g/cm3
Alumínio ................................ 2,70 g/cm3
Chumbo...................................11,3 g/cm3
Diamante ..................................3,5 g/cm3
Leite integral............................1,03 g/cm3
Mercúrio .................................13,6 g/cm3

Saiba Mais! - Logosofia

O que é LOGOSOFIA?

¹ Ciência do conhecimento de si mesmo, da evolução consciente e da superação integral;

² Veio humanizar o homem; dar-lhe uma nova e ampla visão de sua existência e colocá-lo no caminho das grandes realizações;

³ Um metodo para que o homem conheça-se a si mesmo, o mundo mental e as leis universais;

Artigos
Mundo mental: desconhecido e tão próximo de nós
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Os conhecimentos logosóficos são cultivados mediante a aplicação do entendimento, com intervenção direta da razão, nos processos de compreensão e assimilação do fruto mental que se quer incorporar ao acervo pessoal.

A Logosofia convida cada ser humano a realizar um estudo pleno de sua psicologia, mas entenda-se bem que dissemos um estudo pleno: caráter, tendências, pensamentos, qualidades e tudo quanto direta ou indiretamente entra no jogo de suas faculdades e contempla os estados de seu espírito.

A experiência no campo pessoal começa no momento em que é celebrado o primeiro encontro com a própria realidade. Geralmente se é muito generoso na auto-avaliação, a ponto de não ser difícil observar, no rosto daqueles que se excederam nessa avaliação, um assombro diante do pobre conceito que os demais costumam ter de sua pessoa.

O conhecimento do mundo mental é imprescindível ao aperfeiçoamento.

A preparação logosófica sobre o conhecimento do mundo mental é imprescindível para os fins do aperfeiçoamento humano. Porém, não se creia que esse mundo mental a que fazemos referência seja uma abstração ou algo que corresponda ao terreno da metafísica. Nada disso; muito pelo contrário, está tão perto de nós e tão a nosso alcance, que atuamos e participamos de todo movimento inteligente que se promove dentro dele. É o mundo das idéias, dos pensamentos, da razão, da inteligência e do juízo. Dele não pode estar excluída nem a alma que vive nem a vida que palpita em cada célula da Criação.

Quando o homem aprende a conhecer seus pensamentos, experimenta de imediato os primeiros sintomas do desenvolvimento psíquico, em função de estarem suas faculdades sob o domínio da consciência. E dizemos sob o domínio da consciência por ser tão-somente nesse instante que começa a ser verdadeiramente consciente do que é sua vida, ao individualizar os pensamentos que exerceram maior influência no curso de sua existência e examinar detidamente cada um deles, descobrindo com claro discernimento a participação que em particular eles tiveram nos acontecimentos e episódios, gratos ou ingratos, que lhe tocou viver.

O campo experimental para as investigações dessa índole é ilimitado. É tal a riqueza de elementos que afloram ao entendimento adestrado na disciplina logosófica, que é preciso ser cego para não vê-los. Entretanto, é indispensável vê-los e aproveitá-los numa constante seleção dos mesmos, a fim de entesourá-los no acervo íntimo e dispor deles a serviço da própria obra, aquela que representa a particular realização das aspirações do homem.



Retirado
do site da Fundação Logosófica

visite! é um site interessante ;)

Geografia - Produção do espaço geográfico brasileiro



Traços gerais do modo de ser europeu (organizações econômicas, administrativas, políticas, religiosas e culturais) em grande parte, influenciou a organização espacial processada no Brasil durante os séculos de colonização.
Os espaços geográficos produzidos no decorrer da história, ou seja, nos diversos modos de produção, com exceção do comunista primitivo* sempre mostraram que sua produção, sua organização, sua apropriação e seu usufruto foram determinados pelas relações de poder (político, econômico, religioso e militar) existentes entre os grupos sociais das diversas sociedades humanas, como também pelas condições técnicas com que cada uma contou em cada época.
*comunismo primitivo: "[...] As primeiras formas de organização humana são classificadas como modalidades de comunismo primitivo. Nelas não havia diferenciação social e a existência do grupo baseava-se na cooperação entre todos os indivíduos, que gozavam dos mesmos direitos e deveres. Não havendo Estado ou hierarquia social rígida, essas organizações sociais sustentavam-se não na sujeição de alguns indivíduos a outros, mas na responsabilidade de todos perante a comunidade [...]"as

a) A produção do espaçõ geográfico nos modos de produção asiático e escravista

O modo de produção asiático (Antigüidade) é uma das formas de organização social que marcaram a passagem da comunidade primitiva para a sociedade de classes. Constituiu um certo tipo de Estado encarnado na figura do imperador ou do déspota*. Este, juntamente com a casta social privilegiada e dominante, ditava em grande parte as "regras" de apropriação, produção e organização espacial. Havia uma sujeição generalizada da sociedade ao Estado. Não existia a propriedade privada da terra e a força de trabalho era explorada pelo Estado e pelo déspota.

*déspota: senhor absoluto, arbitrário.

No modo de produção asiático, portanto, o Estado era onipresente* e era dele que emanava todo o poder sobre todos e tudo.
*onipresente: presente em todos os lugares ao mesmo tempo.

O despotismo oriental, como foi denominado esse tipo de Estado, caracterizou entre outras as civilizações egípcia e a mesopotâmica (sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus), também chamadas civilizações do resgadio, pois, por motivos climáticos construíram obras hidráulicas, principalmente canais de irrigação, para permitir o desenvolvimento da agricultura.
Assim, as pirâmides, os canais de irrigação, as gigantescas e extensas muralhas, os suntuosos templos e palácios, e tantas outras criações humanas impressas no espaço natural, foram construídas pelo trabalho realizado por contigentes de trabalhadores que serviram aos interesses políticos, econômicos e religiosos defendidos pelo Estado, ocupado pelo déspota e pelas classes dominantes.
E
m outras palavras, quando hoje contemplamos essas grandiosas criações humanas, muitas vezes ficamos perplexos. Entretanto, não paramos para pensar que foram contruídas, a mando do grupo dominante, pelo grupo dominado, que teve sua força de trabalho intensivamente explorada. Isso significa que a produção e a organização do espaço geográfico estão profundamente marcadas em especial pelo trabalho de algun, e não de todos os membros da sociedade.

http://farm1.static.flickr.com/58/194073418_c26823ba4a_o.jpg
ruínas do templo de Luxor, no vale médio do Rio Nilo, no Egito. Criação humana que resiste ao tempo, impressa no espaço natural pelo poder dos déspotas e pelo suor do trabalho humano.

O modo de produção escravista caracterizou as civilizações grega e romana antigas, nas quais o espaço também foi definido com base nos interesses das classes dominantes, apenas com a ressalva de que, nas relações sociais de produção existentes, predominava a relação pessoal entre escravizados e amos, em que os primeiros eram propriedade privada dos segundos bem como a propriedade privade da terra.
"[...] a sociedade inteira interfere na sua produção, mas os objetivos e as necessidades são os da classe dominante".

b) A produção do espaço geográfico no modo de produção feudal
No modo de produção feudal (Idade Média), a fonte de riqueza e de poder era a posse da terra. As propriedades (feudos) pertenciam aos nobres e à Igreja,


Geografia - A B C da Geografia (=

ABC da Geografia

America Meridionalis, Mercator - 1607


✖ Território:
  • Extensão ou área de terra sem a presença humana, como é o caso, por exemplo, da maior parte do território antártico
  • Base natural ou física de um Estado que sobre ela, exerce soberania definida por suas fronteiras com outros Estados formadas ao longo do processo histórico, específico de uma nação. Jurídica e politicamente, portanto, corresponde a uma parcela da superfície terrestre que serve de habitat exclusivo a um grupo humano com traços culturais - língua, costumes, crenças etc. - específicos e passado histórico relativamente comum, que lhe conferem o direito de habitá-la e explorá-la sem interferência de outros grupos. É, enfim, a área física de um país, estado, município ou distrito, podendo abranger rios, lagos, mares, baías, ilhas, campos, florestas, montanha etc.
  • Lugar onde se nasceu, terra natal. O fato de ter nascido em um país gera no indivíduo o sentimento de nacionalidade. Em termos do conjunto de uma nação, o exercício da soberania de um contingente humano sobre o espaço físico que habita dota-o desse mesmo sentimento nacional. Essa noção de território ferou o conceito de pátria.
  • No Brasil, durante muito tempo o termo foi usado para designar uma divisão político-administrativa que, não sendo estado, era administrada pela União ou governo federal. Foi esse o caso dos antigos territórios federais do Acre, Rondônia, Roraima e Amapá, que foram transformados em estados da federação brasileira. O Território de Fernando de Noronha foi anexado ao Estado de Pernambuco em 1988.

Estado: corresponde a um grupo de pessoas organizadas politicamente em torno de um poder soberano representado pelos governantes. Em outras palavras, o Estado é um país politicamente organizado. Para que ele exista são necessários três fatores: território, povo e governo.
Soberania: propriedade que tem um Estado de não dever sua validade a nenhuma outra ordem superior, ou seja, autonimia jurídica, política e administrativa para resolver seus problemas internos sem a intervenção de outros Estados.
Nação: termo designativo de um conjunto de pessoas que possuem língua e tradiçoes comuns; nesse caso, tem o mesmo sentido de povo. Todavia o termo pode referir-se também a um grupo de pessoas (povo) vivendo em um território determindao, com hábitos, tradição, governo e leis próprias, tendo, portanto, o mesmo sentido de país.

Pátria: noção bastante controvertida, hoje em dia. Genericamente, o termo designa a relação íntima ou emocional das pessoas com seu território.

-> Site Curioso: Serqueira (http://www.serqueira.com.
br/mapas/index1.htm


✖ Espaço Geográfico:
somente surge após o território ser trabalhado, modificado ou transformado pelo homem, ou quando este imprime na paisagem as marcas de sua atuação e organização social. Possui, além de uma dinâmica natural, uma dinâmica social exercida pelas formações sociais que nele atuam.

São considerados espaços naturais aqueles que não sofreram a intervenção humana. Hoje eles quase inexistem, pois são extremamente raros os lugares desconhecidos pelo homem ou que não sofreram sua intervenção.

formação social: realidade social concreta, historicamente determinada, em que podem coexistir diversos modos de produção subordinados a um, dominante, que lhes impõe leis de desenvolvimento, mas que atuam com relativa autonomia. Trata-se de uma estrutura social complexa que, decomposta, manifesta suas subestruturas - jurídico-ideológica, econômica e política - que se articulam entre si.


O Mundo é um imenso Espaço Geográfico.

Já sabemos que a o espaço geográfico é produzido a partir do homem (a sociedade), que o faz através do trabalho se apropriando da natureza(espaço natural) e a transformando. O homem utiliza, para tanto, as técnicas que dispõe segundo o momento histórico e segundo suas representações, ou seja, crenças, valores, normas e interesses econômicos, fatores que orientam suas intervenções e relações com os elementos naturais ou físicos do espaço.


Elementos naturais do espaço

Os elementos do espaço natural combinam-se entre si, formando uma
estrutura espacial. Possuem uma solidariedade ou interdepedência.
Se ocorre modificação em um deles, todo o conjunto é alterado, surgindo

uma nova combinação. As forças naturais (terremotos, erosão, vulcanismo
etc) são as responsáveis pelas modificações das combinações ao
longo da história geológica. Mas o homem, com suas intervenções muitas
vezes inadequadas, tem provocado profundos desequilíbrios ambientais.


Assim, no processo de produção do espaço geográfico, o homem se apropria do espaço natural, que pode ser chamado de primeira natureza e o transforma em uma segunda natureza, segundo suas necessidades e interesses.
Os espaços geográficos foram e são construídos e reconstruídos ao longo da história das sociedades humanas, de modo que possuem uma historicidade. São, portanto, realidades temporais. Para o melhor entendimento de um espaço geográfico, é necessário estudar as transformações históricas pelas quais passou e passa a sociedade ou a formação social que o habita. A cada geração humana corresponde uma geração espacial que, em muitos casos, sobrepõe suas produções e características (estilos arquitetônicos, organização e estrutura agrária e urbana, apropriações da riqueza, vias de transporte, exploração mineral, indústrias etc.) a um tipo de produto social: o espaço geográfico.
Podemos dizer, então, que o espaço geográfico é um produto histórico e social.
O homem não age de forma isolada, e sim coletiva no processo de produção do espaço geográfico. Isso nos
permite afirmar que este é socialmente elaborado ou produzido, o que corrobora* seu caráter de produto social. Considerando, também, que sua construção e reconstrução se fez e se faz através da história, é preciso compreendê-lo através das relações sociais de produção vigentes em cada período histórico.
*corroborar: confirmar, comprovar.























A avenida paulista dos barões do café (início do século XX) e
a de hoje, importante centro financeiro e de negócios.
Dois momentos da construção do espaço geográfico.



























O que devemos entender por relações sociais de produção e qual é a importância desse instrumento de análise para a compreensão dos espaços geográficos produzidos pelas sociedades humanas?
O conceito de relações socias de produção refere-se ao conjunto das relações econômicas que se estabelecem entre os homens no processo de produção (trabalho) e reprodução material de sua vida social.
No modo de produção capitalista, por exemplo, a relação de produção fundamental ou básica é o trabaçho assalariado, donde deriva a expressão relações assalariadas de produção. Nele, polarizam-se os proprietários dos meios de produção e as pessoas que, não possuindo os meios de produção, vendem sua força de trabalho (energia física e mental) para os primeiros, recebendo em troca o pagamento de um salário. As relações econômicas ou de produção que se estabelecem entre ambos realizam-se com base no trabalho assalariado.

No decorrer da história da humanidade diversos modos de produção e conseqüentemente diferentes formas de relações de produção repercutiram na produção do espaço geográfico.
Não é difícil entender por que o modo de produção e as relações de produção exercem um peso significativo no processo de criação do espaço geográfico.
A sociedade, ao construir o espaço geográfico, imprime nele as "marcas" de suas formas de organização e estruturação, e da distribuição do poder politico e econômico entre os seus membros e grupos. por exemplo, se ela está dividida em classes sociais, essas "marcas" inevitavelmente são as da sociedade de classes ou das classes e estamentos* sociais que a compõem.

*estamentos: categorias sociais hierarquicamente sobrepostas que compunham as sociedades feudais europeias.

Para comprovar essa afirmação, basta observamos as cidades. Por vivermos nelas, é mais fácil verificarmos como estão organizadas socialmente ou como se distribui a renda ou a riqueza entre seus habitantes, pois em seu interior as desigualdades, os contrastes e as diferenças entre as classes sociais ficam mais visíveis. Concentradoras de protagonistas sociais heterogêneos, as cidades são palco propício a um exame de como uma sociedade organiza o espaço e, através da análise do fenômeno espacial, permitem-nos conhecer a sociedade da qual fazemos parte.
("A sociedade se transforma em espaço através de sua redistribuição sobre as formas geográficas, e isto ela o faz em benefício de alguns e em detrimento da maioria")
Ao se observarem as características mais imediatamente perceptíveis dos espaços urbanos, percebe-se com facilidade, por exemplo, a existência de uma cidade formal e de uma cidade informal. Esse fenômeno ocorre em todo o mundo, mas é gritante em cidades de países subdesenvolvidos, como o Brasil, onde as disparidades sociais são mais profundas.
A cidade formal é dotada de uma infra-estrutura eficiente, ou seja, possui redes de água e de esgoto, coleta de lixo, energia elétrica, rede telefônica, ruas pavimentadas, transportes coletivos, escolas, postos de saúde, cassa, prédios de apartamento de diversos níveis arquitetônicos de conforto, tamanho e satisfação, lojas, boutiques, supermercados, shopping centers etc. É, no geral, compostas dos bairros nobres, bairros centrais e de classe média.
Contrapondo-se a ela, ergue-se a cidade informal, composta daqueles bairros, vilas, cortiços e favelas, que carecem de todos ou de alguns serviços de infra-estrutura. Embora em geral localize-se na periferia, pode situar-se ao lado de bairros elegantes, sob a forma de favelas. É nela que mora a população de baixa renda, em casas pequenas e inacabadas, ou mesmo em barracos contruídos com restos de madeira, caixotes de frutas, telhados de zinco ou de latas utilizadas em placas de propaganda, entre outros materiais improvisados.
Comparando-se, portanto, as diferentes características ou fisionomias desses bairros, é possível afirmar, em muitos casos, que a cidade é palco do fenômeno conhecido como segregação espacial. Trata-se de um processo social no qual o acesso aos espaços de maior ou menor valorização da cidade é determinado pelo poder aquisitivo das pessoas. No contexto da produção capitalista do espaço, as áreas impróprias à ocupação ou distantes daquelas que têm melhor infra-estrutura básica, facilidade de acesso aos centros comerciais mais importantes etc. são reservadas às classes mais pobres. Nesse fenômeno, aliás, cabe salientar o que se chama de "especulação imobiliária", isto é, o controle do acesso à terra por indivíduos e empresas que fazem dela uma fonte de lucros.

O espaço geográfico (e, no caso analisado, o urbano) é, portanto, a expressão visível de como a sociedade está organizada. Nele são reproduzidas as desigualdades sociais de uma determinada sociedade e, portanto, as desigualdades de renda entre as classes sociais que a compõem. A sociedade deixa, assim, no processo de produção do espaço geográfico, as "marcas" de como está distribuído o poder econômico e político. Sendo ao mesmo tempo - enquanto realidade física imediatamente observável - um registro de época (das relações sociais de produção vigentes) e um documento de cultura, o espaço geográfico é assim capaz de comunicar àqueles que o observam criticamente e com espírito de análise os valores e finalidades da ação humana adotados por uma sociedade. Na medida em que é produto social e histórico, podemos dizer tambpem que o espaço é político.



fonte: ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. PANORAMA GEOGRÁFICO
DO BRASIL contradições, impasses e desafios
socioespaciais. Editora Moderna.

Curiosidades: Drogas!

A palavra “droga” vem da palavra francesa “drogue”, que significa seca, alguma coisa seca. O conceito mais comum que é usado para se referir a uma droga, estupefaciente ou entorpecente é “toda substância que provoca alterações psico-químicas no organismo, ou seja, alterações nos sentidos e no funcionamento do organismo”.

É importante notar que a palavra “droga” pode ter vários sentidos, não se restringindo apenas ao fato de ser algo ilegal e prejudicial à saúde. Vários medicamentos que tem a função de combater enfermidades específicas, como a aspirina, por exemplo, podem ser considerados como drogas, porém usadas para fins medicinais.

As drogas podem ser classificadas em três tipos: depressoras, alucinógenas e estimulantes. As depressoras alteram o processamento de captação das informações pelo cérebro, dificultando e atrasando esse mecanismo, temos como exemplo o álcool, ópio, morfina. As alucinógenas tendem a despersonalizar os usuários, como a maconha, LSD, heroína, etc. As estimulantes provocam o aumento do processamento cerebral, resultando em situações de êxtase e grande agitação, como a cocaína, crack, ecstasy, anfetaminas, cafeína, etc.

Embora algumas drogas sejam lícitas, tais como as bebidas alcoólicas e o
cigarro, são aceitas no âmbito da lei, provocam os mesmos danos na saúde das pessoas, além de gerarem o vício de seus usuários, agindo da mesma forma que as drogas ilícitas. Entre os principais motivos que levam uma pessoa ao uso de drogas estão a influência de amigos, problemas familiares, desejo de fuga, curiosidade, busca por situações prazerosas, dependência, etc.

Drogas Ilícitas e lícitas:

As drogas, substâncias naturais ou sintéticas que possuem a capacidade de alterar o funcionamento do organismo, são divididas em dois grandes grupos, segundo o critério de legalidade perante a Lei: drogas lícitas e ilícitas.

As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e que são aceitas pela sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas na nossa sociedade são o cigarro e o álcool. Outros exemplos de drogas lícitas: anorexígenos (moderadores de apetite), benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade), etc.

Já a cocaína, a maconha, o crack, a heroína, etc., são drogas ilícitas, ou seja, são drogas cuja comercialização é proibida pela legislação. Além disso, as mesmas não são socialmente aceitas.

É importante ressaltar que não é pelo fato de serem lícitas, que essas drogas são pouco ameaçadoras; a alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão, as drogas ilícitas respondem por 0,8% dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o cigarro e o álcool, juntos, são responsáveis por 8,1% desses problemas.
Nesse sentido, muitos questionam a aceitação, por parte da sociedade, das drogas lícitas, uma vez que as mesmas são prejudiciais para a saúde e também causam dependência nos usuários. Assim, o critério de legalidade ou não de uma droga é historicamente variável e não está relacionado, necessariamente, com a gravidade de seus efeitos. Alguns até mesmo afirmam que esse critério é fruto de um jogo de interesses políticos, e, sobretudo, econômicos.

Álcool


O álcool faz parte das festas e rituais religiosos e é a substância química mais utilizada pela humanidade. As bebidas alcoólicas são adquiridas da fermentação de diversos vegetais e significam as drogas mais antigas que se conhece.

É considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central como depressor de muitas ações no mesmo, provocando mudanças no desempenho e comportamento da pessoa, tais como euforia, excitação, confusão, letargia, coma e morte.

Seu consumo é admitido e incentivado pela sociedade, podendo se tornar um problema de saúde pública quando o consumo for excessivo, causando acidentes de trânsito, violência associada a episódios de embriaguez, além de desenvolver dependência.

Anfetaminas


Anfetaminas são substâncias químicas produzidas em laboratório consideradas como estimulantes, já que provocam o aumento da atividade cerebral do indivíduo, deixando o usuário eufórico, ofegante e “elétrico”. Esse aumento do processo cerebral é totalmente nocivo para a saúde, já que leva o usuário a extrapolar seus próprios limites, podendo causar danos irreparáveis ao cérebro. Quando esse ciclo de euforia acaba, o usuário se sente debilitado, fraco e depressivo, se vê obrigado a voltar a consumir novas e maiores doses da droga, criando assim um processo de dependência.

Essas drogas podem ser consumidas através de comprimidos, por via oral, diretamente injetada na corrente sanguínea, sob a forma de pó ou dissolvidas em bebidas alcoólicas. Os maiores usuários das anfetaminas geralmente são estudantes, caminhoneiros, pilotos e atletas, que buscam a melhora de desempenho em suas atividades, já que as anfetaminas aceleram o cérebro e provocam a perda de sono.

Além de afetar o cérebro humano, as anfetaminas causam a dilatação da pupila, aumento das pulsações e da pressão cardíaca. Estudos comprovam que entre os estudantes brasileiros do 1º e 2º graus das 10 maiores capitais do país, 4,4% revelaram já ter experimentado uma droga tipo anfetamina alguma vez na vida. Essas drogas possuem efeitos tão fortes que alguns delírios e alucinações causados pela droga podem levar o usuário ao suicídio por razões ilusórias, como uma perseguição imaginária, por exemplo.


Ansiolíticos


Ansiolíticos são drogas sintéticas do grupo dos benzodiazepínicos, que possuem a capacidade de tranqüilizar e diminuir a ansiedade do indivíduo, mesmo que seja por um período pré-estabelecido. Essas substâncias são bastante utilizadas em tratamentos de insônia, ansiedade, stress ou em determinadas circunstâncias para atenuar situações de pânico do indivíduo. Os ansiolíticos são ingeridos geralmente por via oral na forma de comprimidos, porém também podem ser injetados diretamente na corrente sanguínea.

Assim como todos os benzodiazepínicos, os ansiolíticos inibem o funcionamento exagerado da atividade cerebral, deixando o indivíduo em um estado mais tranqüilo, meio que “desligado” do meio ambiente e dos estímulos externos. Um significante detalhe nesse sentido é o fato do álcool poder intensificar os efeitos dessa droga, assim, misturar ansiolíticos com bebidas alcoólicas pode ser fatal.

Embora os ansiolíticos possuam úteis efeitos medicinais, podem causar efeitos indesejáveis e até mesmo a dependência. Naturalmente essas drogas provocam efeitos de sonolência, alterando as funções psicomotoras e prejudicando atividades que requerem bastante atenção, como dirigir automóveis, aumentando assim a probabilidade de acidentes. Com o uso freqüente da droga, na ocasião da interrupção desse uso, o dependente passa a sentir irritabilidade, insônia, dores pelo corpo, e em alguns casos, convulsões. Assim, a tendência do indivíduo é a de procurar novas doses dessas drogas para passar, mesmo que momentaneamente, esses efeitos indesejáveis, gerando assim a dependência química.


Barbitúricos




Os barbitúricos foram descobertos por Adolf Von Baeyer em 1864. Segundo a história, após fazer a síntese dessas substâncias, o cientista foi comemorar seu novo feito em um bar, e como a garçonete se chamava Bárbara, ele resolveu dar o nome de barbitúrico, à sua nova experiência.

Essas substâncias resultam da união do ácido malônico com a uréia, de onde se podem derivar substâncias com uso terapêutico. Os barbitúricos atuam como substâncias depressoras do Sistema Nervoso Central, são usados como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos. Essas drogas foram grandemente utilizadas como hipnóticas na década de 60, até o aparecimento das benzodiazepinas.

Os barbitúricos atuam no sentido de deprimir diversas áreas do cérebro, causando sonolência, dificuldades de concentração, raciocínio prejudicado, relaxamento e sensação de calma. Devido a essas propriedades, essas substâncias são utilizadas em remédios para dor de cabeça, epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta e para dormir.

Os efeitos tóxicos ou indesejáveis que essas drogas provocam são: falta de coordenação motora, grande redução da pressão sanguínea, vertigens, redução da urina, espasmo da laringe e crise de soluço. Essas substâncias são consideradas drogas, pois provocam a dependência física e psicológica. Sua abstinência pode provocar transpiração excessiva, náuseas, vômitos, ansiedade, taquicardia, tremor corporal, etc, por isso, existem leis e diretrizes que dificultam o acesso de uma pessoa a um barbitúrico.

Boa Noite Cinderela


As drogas que possuem a denominação de “Boa Noite Cinderela”, também conhecidas como drogas do estupro ou rape drugs, são geralmente o GHB (ácido gama-hidroxibutírico), a Ketamina (Special K) e o Rohypnol (Flunitrazepam). Esse conjunto de drogas possui a característica de atacar o sistema nervoso central, provocando amnésia nas pessoas durante o período de intoxicação.

Essas drogas são bastante perigosas quando combinadas com o álcool, gerando grandes períodos de total inconsciência. O Boa Noite Cinderela pode ser bastante perigoso, já que existem inúmeros casos de roubo e violência sexual provocados por meio da droga. A situação mais comum é a de uma pessoa de boa aparência e boa fala que tenta se aproximar da vítima, geralmente em boates e bares, oferecendo uma bebida que já contêm a droga dissolvida. A vítima ingere a droga, perde a consciência e quase sempre é roubada ou violentada sexualmente.

Nos EUA existe um teste que comprova em questão de segundos, a presença ou não dessas drogas nas bebidas. A recomendação geral para evitar cair em golpes envolvendo o Boa Noite Cinderela é a de não tomar bebidas oferecidas por terceiros.

Você está numa festa e aceita uma bebida de um estranho e de repente fica tudo escuro, você acorda em um lugar totalmente diferente, pensa em ligar pra alguém e... epa! Cadê o celular e a carteira? Então percebe que foi vítima de um golpe: o Boa Noite Cinderela.

Pessoas que já sofreram esse golpe relatam os sintomas após ingerirem a misteriosa bebida. A sensação é de estar meio grogue e os sentidos vão sendo recobrados lentamente, a voz fica sonolenta e as palavras saem enroladas. Em virtude dos efeitos apresentados, essas substâncias são utilizadas freqüentemente por assaltantes e agressores que dopam a vítima a fim de assaltá-la ou abusar sexualmente, sendo, portanto, denominadas também de “rape drugs” (drogas de estupro).

Mas quais substâncias são responsáveis por causar essas alterações no organismo? Não existe uma fórmula pronta, o que acontece é um verdadeiro coquetel de medicamentos encontráveis em farmácias: o flunitrazepam, ácido gama hidroxibutírico (GHB) e cetamida. Essas substâncias são misturadas em bebidas alcoólicas e atingem o sistema nervoso central de quem as ingere, causando sonolência. No começo dos efeitos a vítima, por estar atordoada, pode até fornecer informações pessoais ao criminoso, e dependendo da dose e da substância, a vítima cai em sono profundo que pode durar 24 horas.

Vejamos a ação de cada substância no organismo:

Flunitrazepam

Nome comercial: Rohypnol;
Princípio ativo: é um ansiolítico, usado como redutor da ansiedade, mais conhecido como calmante.

Ácido gama hidroxibutírico GHB (sigla em Inglês)

Nome comercial: Ecstasy líquido;
Princípio ativo: é usado como droga, alucinógeno.

Ketamina

Nome comercial: Special K;
Princípio ativo: anestésico de uso veterinário, em humanos não tem uso terapêutico e é usado indevidamente para atordoar as vítimas.

Uma porção generosa de apenas um desses componentes já seria suficiente para derrubar uma pessoa, agora imaginem todos eles misturados e uma única bebida? É dose para leão, portanto tome cuidado ao ingerir bebidas de estranhos ou de amigos não confiáveis, a lesão pode ser muito maior do que a financeira: a própria morte.

Cafeína



A cafeína (C8H10N4O2) é um composto químico do grupo das xantinas. Denominada como 1,3,7-trimetilxantina, a mesma é encontrada em plantas e bebidas, como no café, chá, chimarrão, em refrigerantes, etc. A cafeína é considerada a droga lícita mais consumida no mundo.

Fisicamente, a substância se encontra na forma de um pó branco cristalino e amargo. O composto pode ser classificado como droga porque é utilizado como um estimulante cardíaco e diurético, além de deixar as pessoas mais eufóricas e causar dependência física e psicológica, agindo de forma semelhante à anfetaminas e à cocaína, porém com um grau de intensidade bem menor.

Estima-se que grande parte da população adulta brasileira consome a dose diária igual ou superior a 300 mg de cafeína. Seus efeitos são:
- bloqueio da recepção de adenosina, impedindo a sensação de sono em curto prazo;
- estímulo da produção de adrenalina, aumentando o metabolismo e dando mais disposição;
- aumento da concentração de dopamina no sangue, dando a sensação de bem-estar.

Os problemas que a cafeína provoca no organismo não são tão graves nem tão rápidos como nos casos das drogas ilícitas, porém existem. A recepção da adenosina é muito importante para o sono saudável, portanto com o bloqueio dessa substância, as pessoas terão, em longo prazo, dificuldades para se beneficiarem de um sono profundo.

Um indivíduo que tenta diminuir ou acabar com as doses de cafeína irá encontrar dificuldades, já que a substância gera o aumento da sensaçãode prazer e bem-estar. Além disso, muitas delas passam a apresentar dores de cabeça, ocasionadas pela dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro.



Cigarro

Apesar de gerar grandes lucros aos fabricantes e ser um dos produtos mais vendidos no mundo, talvez por ser considerado símbolo de status, sabe-se que o cigarro acarreta sérios prejuízos a seus usuários, é atualmente o maior problema de saúde pública mundial.

O cigarro contém folhas secas do tabaco (nicotina rusticum e nicotina tabacum). Possui em sua composição mais de 4.500 complexos químicos, como arsênico, amônia, sulfito de hidrogênio e cianeto hidrogenado. Semelhante ao gás que sai do escapamento dos carros, o monóxido de carbono pode ser o mais letal de todos os elementos, pois este é responsável pela diminuição de oxigênio para o os órgãos dos fumantes. A fumaça depositada nos pulmões é composta de nicotina e alcatrão, sendo que este último é cancerígeno.

Os efeitos provocados pelo cigarro são sintomas psicológicos e físicos responsáveis pela dependência, tais como clareza de pensamentos, maior atenção, capacidade de concentração e aumento da memória, além de diminuir o apetite, a irritabilidade e relaxar a musculatura. O cigarro pode causar doenças do coração, hemorragias cerebrais, doença pulmonar e câncer de pulmão.



Cocaína

A cocaína é uma das drogas ilegais mais consumidas, fortes e perigosas do mundo. Extraída das folhas da coca (Erythroxylon coca), a cocaína é um alcalóide tropano e seu nome completo é 3-benzoiloxi-8-metil-8-azabiciclo (3,2,1) octano-4-carboxilico ácido metil éster.

Essa droga é sintética (produzida em laboratório) e também é considerada psicotrópica, já que atua no sistema nervoso central do indivíduo, responsável pelo comando dos pensamentos e ações das pessoas.

Descoberta na América do Sul há mais de 1200 anos, a cocaína era usada por muitos índios nativos para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço. O cientista italiano Angelo Mariani levou a cocaína para a Europa e desenvolveu um vinho baseado na planta, esse foi apreciado até mesmo pelo Papa Leão XIII.

O uso da cocaína provoca uma passageira euforia, excitação, sensação de onipotência, falta de apetite, insônia e um ilusório aumento de energia. Esses sintomas de euforia quando passam, geram uma enorme depressão ao usuário, resultando em uma busca maior por outras e maiores quantidades da droga.

Altas doses de cocaína podem resultar em convulsões, taquicardia, depressão do centro neural respiratório e depressão vasomotora. A overdose geralmente provoca arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia, levando o indivíduo a morte em menos de 3 horas.

Embora seja proibida em todo o mundo, a cocaína é a droga que mais gera dinheiro. Só nos EUA foram vendidos 35 milhões de dólares do produto em 2003.


Cogumelos



Os cogumelos foram usados para fins alucinógenos há muitos anos atrás, porém seu uso ficou bastante difundido no México, onde os nativos já os utilizavam em rituais religiosos. Os cogumelos atuam no Sistema Nervoso Central e geralmente causam náuseas, dilatação das pupilas, aumento do pulso, da pressão sanguínea e da temperatura, alucinações visuais e auditivas, atuando de forma bem parecida com o LSD.

No Brasil, as espécies de cogumelos mais consumidas como drogas são as do gênero Psilocybe cubensis. Seu mecanismo atua no sentido de estimular os receptores de acetilcolina, provocando sérias alterações no indivíduo, tais como: dificuldade de controle da urina e de fezes, náuseas, vômitos, pupilas dilatadas, queda da pressão arterial, etc.

Também é muito comum o uso da espécie Amanita Muscaria, que atua estimulando os neurotransmissores GABA no sistema nervoso central, ocasionando alucinações visuais, alterações de humor, falta de coordenação, sonolência, etc.

Crack

O crack surgiu no início da década de 80. É um tipo de droga feita de cocaína e mistura de cloridrato da cocaína, amônia e água destilada, que formam pequenos grãos.

O crack pode ser usado tanto aspirado quanto fumado. Por ser uma droga barata e pelo efeito durar pouco, faz com que as pessoas a usem em grandes quantidades, o que torna o vício maior. Por ser uma droga barata, atrai mais os usuários de baixa renda.

Quando a droga é fumada pelo usuário, ela faz um barulho de “estalar”, daí surgiu o nome de crack.

Seus efeitos psicológicos são de euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima. Os efeitos físicos são: a aceleração do ritmo cardíaco, calafrios, pupilas dilatadas, pressão alta, ansiedade, falta de apetite e paranóia. Ela pode matar por overdose.

O crack é considero como uma das drogas mais fortes, pois além de manter o organismo no ritmo acelerado, também tem altos poderes viciantes.


Ecstasy

O ecstasy é uma droga feita em laboratório (sintética) que possui o mesmo princípio ativo do LSD: a Metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Sabe-se que essa droga surgiu em 1912, sendo sintetizada pela primeira vez pelo químico alemão Anton Köllisch para ser usada com fins medicinais, em sessões de psicoterapia, e como inibidor de apetite.

O meio mais comum de consumo do ecstasy é por via oral, através de comprimidos, porém a droga também pode ser injetada ou inalada pelo usuário. Os efeitos do ecstasy duram em média, 10 horas. O usuário passa a sentir uma grande sensação de bem-estar e prazer, uma vontade incontrolável de conversar e às vezes, de ter algum tipo de contato físico.

A droga provoca inúmeros malefícios, tais como: boca seca, náusea, sudorese, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, hipertemia, depressão, dor de cabeça, visão turva, manchas roxas na pele, fadiga e insônia. O aumento da pressão sanguínea provoca o aumento da temperatura do corpo, que em alguns casos pode chegar até 42 graus, levando o usuário a uma profunda desidratação, se tornando fatal na maioria dos casos.

O ecstasy é muito utilizado em festas e baladas, já que além de provocar a sensação de bem-estar e sociabilidade, é um estimulante sexual, sendo denominado também de “pílula do amor”.

Heroína
A heroína é uma das mais perigosas drogas existentes. Derivada do ópio, a droga pode ser encontrada na forma natural ou sintética. Por serem originadas da mesma planta, a heroína é bastante semelhante à morfina, tanto que a heroína ao penetrar no organismo e ser processada pelo fígado, é transformada em morfina.

A principal forma de consumo da droga é através da injeção intravenosa, também é possível inalar ou fumar. O uso da droga provoca no usuário, sensações de intenso prazer, bem-estar e euforia. A heroína atua como uma substância depressora do Sistema Nervoso Central, diminuindo consideravelmente as sensações de dor, fome, tosse e desejo sexual.

O uso crônico da heroína pode ocasionar a ruptura dos vasos sangüíneos, infecções bacterianas nas válvulas do coração, doenças do fígado e rins, pneumonias, além de tuberculose. Quando a droga é utilizada em grandes quantidades, provoca náuseas, vômitos e coceira pelo corpo, sendo que a mistura de uma pequena dose de heroína com álcool pode potencializar grandemente os efeitos da droga.

O tratamento da heroína consiste na utilização de substâncias químicas sintéticas que aliviam o usuário durante o período de abstinência à droga, como o metadona, que atua bloqueando os efeitos dos opióides. Também é imprescindível um apoio psicológico para se descobrir os motivos que fizeram o indivíduo a procurar tal droga.

Lança-perfume

O lança-perfume é um solvente químico composto por éter, clorofórmio, cloreto de etila e uma essência perfumada. Esse composto químico é produzido sob pressão dentro de tubos, assim, quando ele entra em contato com o ar, evapora rapidamente. O lança-perfume começou a se tornar popular após ser importado da Argentina, no início do século XX.

Na verdade, em alguns países, o lança-perfume não é considerado uma droga e sim um analgésico. Inicialmente, o lança-perfume era uma espécie de brincadeira, onde alguém lançava a substância em outra pessoa, dando a sensação fria e perfumada. Isso se tornou um símbolo do carnaval carioca.

O problema é que ele passou a ser inalado com fins entorpecentes: as pessoas molhavam lenços com o líquido e o aspiravam. A inalação do lança-perfume provoca efeitos de euforia, bem-estar, vontade de rir e sensação de “estar voando”. Contudo, também ocasiona a aceleração da freqüência cardíaca, a destruição irreversível de células cerebrais, alucinações, dores de cabeça, náuseas e depressão.

Os efeitos do lança-perfume são relativamente rápidos, duram em média de 15 a 40 minutos. Assim, são utilizadas cada vez mais outras doses da droga, contribuindo para o desencadeamento do ciclo vicioso. Existe também uma variação nacional do lança-perfume denominada de “Cheirinho da Loló", composto de fluido de isqueiro, B25, entre outros inalantes. Na Argentina e no Paraguai, as pessoas nem sabem o que é o lança-perfume, trata apenas de um item de exportação; já no Brasil, ele é considerado droga e seu uso ou porte pode levar à prisão por posse ou tráfico.


LSD
O LSD (dietilamida do ácido lisérgico) é uma substância alucinógena sintética (produzida em laboratório), cujos efeitos são profundas alterações mentais. Essa droga é um dos maiores alucinógenos que se conhece, visto que uma quantidade de apenas cem microgramas pode causar um brutal aumento nos sentidos, em um período de seis a quatorze horas.

Essa droga pode ser ingerida por via oral, injetada ou inalada, geralmente é encontrada em formas de barras e cápsulas. O LSD é produzido clandestinamente através da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpurea), sendo um pouco semelhante ao ecstasy, porém mais barato e com um efeito mais rápido.

As pessoas que mais utilizam o LSD são adolescentes e jovens de classe média alta, com a intenção de obter sensações novas e coloridas, principalmente em ambientes de festas, por exemplo. Alguns usuários acham, equivocadamente, que com o uso da droga faz com que tenham visões reveladoras, conhecendo melhor a si e aos outros.

Os sintomas físicos mais comuns do uso do LSD são: dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial, náuseas e vômitos. Entre os sintomas psicológicos estão: alucinações visuais e auditivas, confusão, pensamento sensorial, euforia seguida de profunda angústia.

Maconha


A maconha, também conhecida como Cannabis Sativa, é uma planta que cresce nas condições mais adversas, possui dois gêneros, macho e fêmea. Pode ocorrer de um mesmo pé apresentar ambas as estruturas sexuais. A flor do macho é responsável por produzir o pólen que fecunda a fêmea, essa quando é fecundada enche-se de sementes que dão continuidade à geração seguinte, em seguida a flor morre. Quando a flor da fêmea não é fecundada, ela armazena a energia que gastaria na produção de sementes. Com essa energia ela excreta grande quantidade de uma resina pegajosa composta por várias substâncias diferentes, entre elas, o THC (delta-9-tetrahidrocanabinol).

O THC na maconha tem a função de protegê-la dos raios nocivos da luz, tendo em vista que a Cannabis Sativa é uma planta originária de regiões desérticas. Essa mesma resina é encontrada na planta inteira, sendo mais concentrada na flor da fêmea que é a droga propriamente dita. Além de ser um protetor solar, o THC também tem outra propriedade, a de grudar em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, inclusive do homem. Essas moléculas neuronais são chamadas de receptores de canabinóides. Quando ocorre a ligação do THC com as moléculas dos neurônios, o receptor opera leves mudanças químicas dentro da célula. As mudanças são tão sutis que os cientistas não conseguem estabelecer quais são, no entanto, sabe-se que qualquer alteração dentro dos neurônios, por menor que seja, provoca efeitos sensíveis no raciocínio e na percepção.

Em 1992, o pesquisador Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual possuímos o tal receptor canabinóide. Esse receptor tem a finalidade de se ligar a outra molécula, desconhecida, fabricada pelo próprio cérebro, semelhante ao THC. A molécula foi batizada de anandamida (sânscrito, significa “felicidade”). Isso quer dizer que o nosso cérebro produz uma substância com efeitos iguais aos do THC, só que em doses menores. Não se sabe exatamente o papel da anandamida no cérebro, mas é sabido que desempenha um papel no controle da dor, há suposições de que também interfira na nossa percepção de tempo, na sensação de fome e de que esteja associada ao humor.

Por existir receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a crer que o papel da anandamida seja mais abrangente do que aparenta ser. São diversos os efeitos que a maconha pode causar em seus usuários como danos na memória de curto prazo, pois o THC afeta o hipocampo, área responsável por guardar a memória recente; dificuldade em manter o raciocínio e a concentração. A maconha altera o ambiente químico do cérebro, deixando-o mais propenso a certas atividades e menos capaz de outras. Seus efeitos podem durar de duas a três horas.

Em muitos países a maconha é ilegal, inclusive no Brasil, mas há lugares onde a droga é legalizada e outros onde ela é utilizada somente com a finalidade de diminuir a dor causada por algumas doenças.

O maior problema da maconha é o aumento do tráfico, a dependência que ela gera e os altos índices de criminalidade, pois o usuário sem dinheiro passa a praticar delitos para manter o vício, ocasionando diversos efeitos socioculturais.

Merla

A merla é um subproduto da cocaína, composto por 70% de folhas de coca e os outros 30% por ácido sulfúrico, cal virgem, querosene e outros. É uma droga feita em laboratório (sintética), obtida através da adição de solventes à folha da coca, originando um produto de constância pastosa e de cor amarelada. Essa droga pode ser ingerida na forma pura ou misturada ao cigarro de tabaco ou maconha.

Rapidamente a merla é absorvida pelos pulmões, atuando diretamente sobre o Sistema Nervoso Central. Seus efeitos são bastante parecidos aos da cocaína, provocando a sensação passageira de euforia, bem-estar e energia. Os efeitos indesejáveis são de diminuição do sono, perda de apetite, redução de peso, psicose tóxica, alucinações, delírios e confusões mentais.

O usuário de merla geralmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e inquietação. Após o período de êxtase, começam os sintomas de profunda depressão, alucinações e uma grande sensação de medo. Em virtude da maior busca pelo prazer e para tentar “sair” da situação de depressão, o usuário procura maiores doses da merla ou outra semelhante, criando um ciclo vicioso.

O uso da merla é relativamente fácil de ser identificado, pois a droga é consumida por 80% de rapazes e 20% de mulheres entre 16 e 18 anos. Infelizmente, o tratamento para dependentes da droga é difícil, pois a abstinência da merla leva cerca de 20% dos usuários ao suicídio.



Morfina

A morfina é uma substância narcótica e sintética (produzida em laboratório), derivada do ópio retirado do leite da papoula. Com uma grande utilidade na medicina, a morfina é usada como analgésico em casos extremos, como nos casos de traumas, partos, dores pós-operativas, graves queimaduras, etc.

O mecanismo de atuação da morfina age no sentido de dificultar a ação dos receptores opióides, já que essas estruturas são importantes na regulação normal da sensação da dor. A morfina é introduzida por via oral, subcutânea, intramuscular ou intravenosa, sendo que a superdosagem pode resultar em danos graves ao paciente.

Embora a morfina possua úteis funções medicinais, ela também é usada como droga. Nos EUA e na Europa existem um número expressivo de pessoas usando a morfina de forma abusiva. No Brasil, esses números são bem menores. Sob a forma de droga, a morfina é consumida por via oral através de comprimidos, gerando no usuário a sensação de prazer, bem-estar e euforia.

Os efeitos tóxicos podem se resumir em danificações nas regiões cerebrais, pupilas contraídas, forte prisão de ventre, náuseas, vômito, depressão, impotência e incapacidade de concentração. O uso prolongado pode levar ao vício, sendo que a abstinência à droga pode causar ansiedade, agitação, febre, náuseas, hipersensibilidade à dor, etc. Devido à dificuldade de acesso à droga, as pessoas que ficam viciadas no uso entorpecente da morfina são geralmente médicos e pessoas que têm contato direto com a substância.


Ópio


É um líquido leitoso que ocorre de uma planta quando nela fazemos um corte. Esta planta chama-se papaver somniferum.

Quando seco, o suco passa a se chamar pó de ópio. O ópio é apresentado em barras de cor marrom e gosto amargo que podem ser reduzidas a pó.

Quando aquecida, produz um vapor amarelo que é inalado. Pode ser dissolvido na boca ou ingerido como chá.

A crise de abstinência pode começar dentro de aproximadamente, doze horas, apresentando-se de várias formas, indo desde bocejos até diarréias, passando por rinorréia, lacrimação, suores, falta de apetite, pele com arrepios, tremores, cãimbras abdominais e insônia ou, ainda, inquietação e vômitos.

Quanto aos aspectos físicos, os usuários ficam magros e com a cor amarela, diminuindo ainda, sua resistência às infecções.

Soníferos

Soníferos, ou hipnóticos como são conhecidos pela medicina, são psicotrópicos que possuem ação depressiva no sistema nervoso central do organismo provocando o sono. São normalmente confundidos com tranqüilizantes, sedativos e ansiolíticos e por isso tão consumido, já que atinge o patamar de ser a droga mais consumida por pessoas adultas.

Dentre as conseqüências que provocam pode-se citar: dormência, dependência, distúrbios na coordenação motora, diminuição da memória, depressão, insônia crônica, sonambulismo, amnésia de curto prazo, distúrbios da memória, reações alérgicas, bulimia noturna, inchaços faciais, aumento do apetite e outros.

Existem pessoas que ao ingerirem um sonífero acordam no meio da noite por causa do rápido efeito destas drogas bem como a sensação de embriaguez provocada ao acordar. Os soníferos inibem a insônia que nada mais é do que um sintoma de doença psíquica e/ou orgânica fazendo com que ainda sejam inibidas características de uma doença a ser tratada.

Caso haja realmente a necessidade de ingerir soníferos é importante seguir sempre orientação médica, nunca tomar estas drogas sem o consentimento de um médico e utilizar doses pequenas



Skank
Resultado de alterações genéticas, o skank é uma droga produzida em laboratório feita através de vários cruzamentos de tipos de maconha, chegando a ser considerada como uma “super maconha”. Por ser feita a partir da própria maconha, essa droga possui os mesmos efeitos, porém potencializados: palidez, excitação, risos, depressão ou sonolência, aumento de apetite por doces, olhos avermelhados, dilatação das pupilas, alucinações, etc.

Os efeitos do skank podem ser cerca de sete vezes mais fortes do que os da maconha comum. A droga possui teores de até 40% de THC (tetraidrocanabinol), “fritando” o cérebro do usuário. Esses estímulos são tão intensos, que às vezes os danos causados no cérebro podem ser irreversíveis.

O skank possui um preço muito caro se comparado com outras drogas, já que geralmente é importado da Europa, é consumido apenas por pessoas de classes sociais mais altas.


retirado do site: mundoeducacao